quarta-feira, 4 de maio de 2011

Do outro Lado

Voltar aquele lugar,depois de tanto tempo,me trouxe recordaçoes e tambem me fez revelações frustrantes.
Quando eu morava lá,e era ainda uma ranheta que nem pra escola ia sozinha.
A casa era de madeira,agora tinha cimento até no quintal onde minha mãe plantava a cebolinha pra vender.os cômodos pareciam tão altos,agora podia tocar o teto como meu pai fazia.A porta da rua bem velha presa antes que pareciam borboletas de aço,agora tinha desenhos entalhado,coberta por verniz.
As árvores da calçada ganhavam uma caixa de concreto envolta de seu tronco que avivada com flores serviam de banco à sombra.
Fiquei um tempo ali,olhando as pessoas que passavam naquele domingo.Umas reconheci,outras nem tive idéia de onde vieram,mas havia uma coisa que eu ainda precisava ver.Aquele muro,que nunca consegui saber o que havia do outro lado.
Segui até a esquina e nem me acanhei com o movimento de pessoas.
Dei empulso e me apoei de barriga no muro.Que decepção a minha,quando vi,que eu passei minha infância tentando subir ali e por mais de dez anos esperei pra descobrir que do outo lado do muro havia somente,um deposito de transformadores velhos,capim cobertos por melão de são caetano.

Eliane de S Penteado

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