quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Comunidade escolar se mobiliza para comemorar a Consciência Negra


No dia 18 de novembro aconteceram apresentações no Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA) de Cornélio Procópio em comemoração à Semana da Consciência Negra. Teve roda de conversa, leitura com a aluna Alice, que leu a letra de uma música da cantora Bia Ferreira chamada Cota não é esmola e Palestra com o professor Breno Neto sobre racismo e preconceito. Segundo o palestrante é muito importante falar sobre isso, porque mesmo nos dias atuais ainda existe muito racismo e preconceito. É necessário conscientizar as pessoas que todos são iguais e que a cor da pele não faz diferença.
Também teve comida típica Galinha à Africana na qual todos os participantes foram convidados.
No dia 20 de novembro teve Relato de Experiência de um aluno intercambista da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Grace Mutombo, natural da República Democrática do Congo que explicou que eles e outros amigos sofreram preconceitos quando estiveram em Curitiba. Ele falou sobre a evolução humana e o papel dos africanos que a história não contempla e um pouco da sua história.
Teve também Batalha de Rimas do conhecimento com a temática da Cultura Afro Brasileira e Africana, Oficina de penteados Afro, Oficina de Turbantes, Oficina de Jogos e Brincadeiras: Peteca e Trançados Indígenas, Oficina de Jogos Matemáticos de Origem Africana, Oficina de Bonecas Abayomi, Exposição do Mural da escritora Conceição Evaristo, Exposição de Mural Tabuleiro da Baiana e o Prato Típico Cuscuz.
No dia 21 de novembro houve a Exposição de telas Declamação de Poesia, a peça Teatral “Xadrez das Cores”, Apresentação de Dança de Capoeira com o grupo Grupo Negras Raízes,e um Prato Típico Feijoada.
A comida que foi servida teve grande apreciação dos participantes bem como as apresentações que foram muito bem feitas. Toda equipe estudantil, professores e equipe gestora do estabelecimento que organizou o evento merece o reconhecimento pelo trabalho feito.

Cláudia Andrade da Silva de Paulo – Aluna de Língua Portuguesa
CEEBJA de Cornélio Procópio – Paraná
Helena Aparecida Batista do Nascimento – Professora de Língua Portuguesa
CEEBJA de Cornélio Procópio - Paraná

CEEBJA desenvolve, no mês novembro, atividades relacionadas ao dia da consciência negra



As atividades relacionadas ao tema da consciência Negra deram início no último dia 4 do mês com um cinema ao ar livre, onde os alunos puderam assistir ao filme Uma estrela além do tempo. Nesse filme é abordado de que forma os negros eram descriminados na NASA, principalmente as mulheres, porém as personagens do filme, cientistas que lá trabalhavam com muita garra e superação quebraram muitas barreiras.
A atitude da direção da escola em fazer algo inédito recebeu vários elogios do Núcleo de Educação e também dos demais participantes, pois além do CEEBJA, nesse dia foram convidados mais cinco escolas sendo algumas municipais e outras estaduais.
Segundo a direção foi atingido um público estimado de 600 pessoas que foram acolhidos com pipoca e algodão doce oferecidos pelas escolas participantes, totalmente gratuito.
Para a realização desse evento a direção do CEEBJA teve o apoio da Prefeitura Municipal cedendo os equipamentos e a colaboração do senhor Coruja para a projeção do filme e demais assessores.
Dando sequência à programação, no dia 18 houve uma roda de conversa na qual teve a aluna Alice, do Coletivo de Português, declamando o rap Cota não é esmola que retrata a realidade que vivem muitos negros sofrendo com a discriminação e desigualdade social.
No mesmo dia tivemos o Professor e historiador Breno Neto que veio aprofundar ainda mais sobre a questão racial. Ele levantou números científicos de quanto o negro é discriminado, tanto no trabalho quanto na escola e no meio social. Mas apesar das dificuldades ele ali, nessa roda de conversa, pode apontar caminhos e pessoas que superaram tudo isso.
No dia 20 foi proferida uma palestra por Grace Mutombo, aluno intercambista da República Democrática do Congo. Grace estuda na Universidade Tecnológica Federal do Paraná e os assuntos abordados nesse dia foram a origem do homem e a sua evolução. Ele falou um pouco da sua historia e como veio parar no Brasil. Os alunos puderam interagir com o palestrante e saber um pouco da cultura do seu pais.
Algo que despertou a curiosidade dos participantes foi quando ele falou que antigamente o Brasil era conhecido como o pais do futebol, o Brasil do Pelé, mas depois da era Lula eles de fato puderam conhecer o Brasil e suas riquezas.
Nesse mesmos dia teve a Batalha de Rimas, exposição de quadros de autores famosos ligado à cultura afro e um delicioso cuscuz, comida tipica africana.
Com esses conteúdos os alunos saíram satisfeitos e cada vez mais conscientes de que a luta dos negros não é só no dia 20 de novembro, mas sim todos os dias. O recado também das atividades realizadas na semana é que juntos poderemos mudar essa triste realidade.


Claudiomiro Oliveira de Souza – Aluno de Língua Portuguesa
CEEBJA de Cornélio Procópio - Paraná
Helena Aparecida Batista do Nascimento – Professora de Língua Portuguesa
CEEBJA de Cornélio Procópio - Paraná

terça-feira, 26 de novembro de 2019

CEEBJA promove celebração da negritude na semana da Consciência Negra


Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos estende as atividades do dia da Consciência negra e envolve a comunidade escolar nas festividades.

No dia 18 de novembro a escola promoveu uma roda de conversa com os alunos do Ensino Médio sob o tema: racismo e preconceito, com o professor Breno Neto, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Segundo o palestrante

Professores, palestrante e diretor do CEEBJA
no século XV /XVI os portugueses viram necessidade de ocupar as terras daqui do Brasil e trazer alguém para trabalhar no nosso país. A partir disso surgiram ideias de que a Europa era evoluída e era um continente à frente sendo a Africa um país atrasado, porque a Europa estava se destacando com as navegações e a África ficava com a sua organização ou sua politica e cultura do jeito que eles tinham em mente. Em termos de cultura não existe uma que seja nem melhor e nem pior que a outra. O que existe é diversidade cultural. Só porque os africanos não tinham uma cultura como a europeia, os europeus se viram como superiores. Então os portugueses já escravizavam os africanos para trazê-los para o Brasil para trabalharem como escravos. Então, qual era a finalidade do negro na época: TRABALHAR, mas como surgiu essa ideia? Foram surgindo pensamentos desde a Grécia antiga em que alguns grupos só serviam para trabalhar. Segundo esse pensamento alguns grupos de pessoas não tinham inteligência que outros grupos tinham. E também achavam que Deus era demônio e essas pessoas eram selvagens. Todas essas ideias se construíram sobre os negros e essas ideias vieram para o Brasil. Tudo é uma construção histórica e essas ideias vieram para o Brasil com os donos de escravos. Dessa forma, tudo que se remetia aos africanos e afro brasileiros era entendido como algo ruim, algo que não prestava . Então para que servia um negro naquela época? Para trabalhar. Para que servia uma mulher negra? Para ser objetos sexual do senhor.”
Essas reflexões levantadas pelo pŕofessor palestrante suscitaram muitas colocações de alunos e professores fazendo da roda de conversa um momento muito proveitoso para pensar questões sobre racismo e preconceito em que a população negra ainda vivencia.


Grace Mutombro - intercambista africano
No dia 20 de novembro foi marcante por ser o dia consciência negra, na qual se celebra a memória de Zumbi dos Palmares. Nesse dia vale destacar o relato da experiência de aluno Intercambista da UTFPR- Grace Mutombo, natural da República Democrática do Congo). O estudante africano destacou que '' Dr. Charles Richard Drew foi um médico e pesquisador norte-americano que fez pesquisas no campo das transfusões e armazenamentos sanguíneos no início da Segunda guerra mundial e Daniel Hale Williams (Hollidaysburg, 18 de Janeiro de 1856- Idewild,4 de Agosto de 1931) foi um cirurgião- geral afro-americano que, em 1893 , e documentada de peito aberto, para reparar uma ferida no pericárdio.” Estudar sobre a presença africana nas ciências é o foco de estudo de Grace Mutombo e ele mostrou alguns dados que não aparecem nos livros escolares, uma vez que o racismo estrutural naturaliza o negro como inferior e, portanto, não o mostra em destaque positivo no mundo científico.
Houve também a Batalha de rimas do conhecimento com a temática da Cultura Afro Brasileira. Alunos e a comunidade externa puderam participar manifestando o valor da cultura Hip Hop.
Paralelamente acontecia a Oficina de Penteados Afro, a Oficina de Turbantes, a Oficina de Jogos e Brincadeiras , a oficina de Petecas e trançados Indígenas, a Oficina de Jogos de Matemática de Origem Africana, a Oficina de Bonecas Abayomi. Além das oficinas o ambiente foi todo decorado com exposição de Mural- Cultura Afrodescendentes com destaque para a escritora 'Conceição Evaristo. Também com a exposição de mural ''Tabuleiro da Baiana'' e a distribuição de receita do prato típico Cuscuz o qual foi servido a todos os participantes do evento.

Divertimento 24 e Quadro Mãe Preta - CACOSTA
No dia 21 de novembro houve o encerramento da semana comemorativa com a Exposição de telas do pintor CACOSTA, de Ourinhos, a declamação de Poesias por diversos alunos e a encenação da Peça Teatral denominada Xadrez das Cores. 
 
Após o teatro teve o jantar com a tradicional feijoada e na sequencia a apresentação de Dança de Capoeira pelo Grupo Ubuntu Negras Raízes, da UTFPR.
Pode-se dizer que a negritude foi celebrada com muita criatividade, reflexão e crítica a uma sociedade que ainda, no século XXI não está isenta de preconceito e racismo.



Débora Fernanda Morais – Aluna de Língua Portuguesa
Helena Batista – Professora de língua Portuguesa

Comunidade escolar se mobiliza para comemorar a Consciência Negra

No dia 18 de novembro aconteceram apresentações no Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA) de Cornélio Procóp...